A Juíza Selma Arruda, candidata ao Senado pelo PSL, não pediu votos para o candidato do PSOL, Procurador Mauro, durante entrevista ao vivo ao site O Livre na tarde desta quinta-feira (23.08), ao contrário da versão dada pelo próprio site e seguida por outros veículos de imprensa.
Perguntada pelo jornalista Victor Cabral, um dos entrevistadores, se ela não temia dividir votos com o candidato do PSOL, por usarem nomes semelhantes (juíza e procurador, sic) e por serem da mesma ‘base’, Selma Arruda respondeu que não, porque os eleitores, este ano, poderão votar em dois candidatos ao Senado.
“Como são dois votos nesta eleição, eu acho que nós podemos somar. Você pode dar o seu primeiro voto para o Procurador Mauro e o segundo voto para a Juíza Selma e não tem problema algum”, frisou ela, respondendo à pergunta sobre divisão de votos entre os dois candidatos, e não pedindo votos ao adversário.
Selma arruda ainda acrescentou que “as pessoas, às vezes, esquecem que nesta eleição são dois votos. Então, mesmo aquele que já tenha um outro candidato em mente, ele pode votar numa segunda vez em uma outra pessoa. Então, eu vejo que não há uma ameaça. A gente pode somar ao invés de dividir”.
A questão pôde ser melhor esclarecida na pergunta seguinte, feita pelo entrevistador Guilherme Waltenberg, também jornalista do site, sobre uma eventual contradição no fato de os eleitores votarem ao mesmo tempo em candidatos de orientações ideológicas opostas, no caso, direita e esquerda. Foi nesse momento que Selma explicou que a resposta que havia dado anteriormente era apenas um “exemplo”.
“Mas não seria uma contradição, já que a senhora está num partido de direita, que se diz de direita, e o Procurador Mauro está no PSOL, que é um candidato, perdão, um partido de esquerda (sic). Não haveria uma contradição nesse ponto?”, indaga o repórter, ao que a candidata do PSL responde:
– O eleitor pode votar em quem ele quiser. Eu dei apenas um exemplo aqui. O eleitor pode votar em quem ele quiser. A gente sabe, por exemplo, que no Nordeste, o primeiro voto das pessoas é no Bolsonaro e o segundo voto é Lula.
Por estas razões, a coordenação da campanha lamenta que uma versão distorcida da entrevista tenha ganhado tanta repercussão, e que por esta razão a candidata buscará ser mais clara em seus pronunciamentos futuros para evitar distorções como essa contida na versão da entrevista.
Veja, no anexo, o trecho completo da entrevista em que a Juíza Selma Arruda deixa claro que estava apenas dando um exemplo e não pedindo votos para adversários.
Fonte: Assessoria