A defesa de Nataly Helen Martins Pereira, acusada do assassinato de Emelly Azevedo Sena, ocorrido em março deste ano, solicitou à Justiça a realização de uma reprodução simulada dos fatos. O objetivo é verificar a possibilidade técnica de todos os atos atribuídos à ré terem sido praticados por uma única pessoa, dado o tempo exíguo e a complexidade das ações.
Na resposta à acusação apresentada pela 27ª Promotoria de Justiça Criminal de Cuiabá, os advogados André Luís Melo Fort e Ícaro Vione de Paulo afirmam que há lacunas e contradições na narrativa acusatória. Para os defensores, a prova pericial é fundamental para esclarecer se o ambiente e os objetos no local do crime são compatíveis com a dinâmica descrita.
A acusação contra Nataly inclui crimes como feminicídio, tentativa de aborto, subtração de recém-nascido, ocultação de cadáver, falsificação de documentos e fraude processual. Os advogados argumentam que a sequência de atos — desde o suposto assassinato até o transporte do bebê — exige uma verificação detalhada quanto à capacidade física da ré e o tempo necessário para execução das ações.
Além da simulação, a defesa também solicitou a oitiva de testemunhas que podem contribuir para o esclarecimento do caso, incluindo familiares e ex-companheiros de Nataly, com o objetivo de traçar um panorama do estado emocional e histórico da acusada à época do crime.
O pedido está em análise pelo Judiciário e poderá ser decisivo no andamento do processo.