23 de abril de 2025 04:10

Vereador parabeniza policiais por ação que resultou na morte de faccionado homenageado pela Câmara

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A morte de Gilmar Machado da Costa, mais conhecido como “Gilmarzinho”, durante a Operação Aqua Ilícita nesta quinta-feira (20), reacendeu a polêmica envolvendo a homenagem concedida a ele pela Câmara de Vereadores de Cuiabá no ano passado. “Gilmarzinho” foi morto após confronto com policiais durante cumprimento de mandados em uma operação que visa combater uma quadrilha especializada em extorsão e lavagem de dinheiro.

O caso trouxe à tona a polêmica moção de aplausos que foi concedida a Gilmarzinho, que havia sido condenado por tráfico de drogas e possuía envolvimento com o crime organizado. Durante uma disputa na Câmara para a eleição da Mesa Diretora, o vereador Jeferson Siqueira (PSD) foi acusado de receber apoio de facções criminosas, algo que levou à sua desistência de disputar o cargo de presidente do Legislativo.

Rafael Ranalli, vereador de Cuiabá, usou suas redes sociais para parabenizar a polícia pela operação. “Parabéns aos guerreiros da polícia pelo trabalho, aqui na Câmara iremos continuar homenageando pela ação, não vamos admitir faccionados sendo exaltados em nossa capital!”, escreveu Ranalli. O vereador também fez duras críticas à homenagem feita a Gilmarzinho, reforçando que “menos um vagabundo em Cuiabá” é motivo de celebração.

O vereador Tenente-Coronel Dias (Cidadania) também se manifestou sobre o caso, reprovando a moção de aplausos e agradecendo às instituições de segurança pública que atuam para proteger a comunidade.

Por outro lado, o vereador Jeferson Siqueira (PSD), que foi o responsável por assinar a moção de aplausos, se defendeu, alegando que a homenagem foi solicitada pela comunidade e que ele desconhecia qualquer envolvimento de Gilmarzinho com atividades criminosas. “Foram 400 pessoas homenageadas e eu apenas assinei. O pedido partiu da comunidade e eu apenas assinei. Agora, se ele era ligado ao crime organizado, eu não sabia”, disse Siqueira.

Esse episódio trouxe à tona a importância de uma análise mais detalhada de quem merece ser homenageado nas casas legislativas e reacendeu debates sobre a relação entre a política e o crime organizado na capital.

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