O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), se manifestou sobre o uso de recursos públicos por parlamentares para participar do ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizado no último domingo (16) na praia de Copacabana, Rio de Janeiro. O evento, que pedia o perdão para os envolvidos em atos golpistas de 8 de janeiro, gerou polêmica.
Abilio afirmou que, embora tenha custeado sua própria viagem, não vê problema caso deputados e senadores tenham utilizado verbas de gabinete para comparecer ao ato, já que o tema está em discussão no Congresso Nacional. “Se eles forem parlamentares, é permitido, porque é uma atividade parlamentar. A manifestação em defesa da anistia, que é um projeto que está na Câmara Federal, é um ato parlamentar. Se eles forem parlamentares, está permitido”, declarou.
O prefeito também reafirmou seu apoio à proposta que tramita no Congresso, defendendo que o projeto de anistia tem apoio suficiente para ser aprovado. A proposta, que visa conceder perdão a pessoas investigadas por crimes contra os Três Poderes, está sendo discutida em uma comissão especial da Câmara dos Deputados.
A presença de políticos no evento gerou repercussão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), com o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) anunciando que protocolará um requerimento pedindo informações sobre quem custeou a ida do governador Mauro Mendes (União) ao evento.
Questionado sobre a quantidade de manifestantes no ato, Abilio também ironizou as estimativas feitas pela Polícia Militar do Rio de Janeiro e pela Universidade de São Paulo (USP), que apontaram números divergentes sobre a quantidade de participantes. O prefeito, com tom sarcástico, comentou que a manifestação teve mais público do que a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sugerindo que as estimativas divulgadas pela mídia eram exageradas.