Durante audiência de custódia, nesta sexta-feira (14), advogado solicitou exame da sanidade em Nataly Helen Martins Pereira ao juiz da 14º Vara Criminal de Cuiabá, o que foi negado nesse momento do processo. Nataly está presa, de forma preventiva, pelo assassinato e ocultação de cadáver de Emelly Azevedo Sena, 16, e também pelo roubo da filha dela direto do ventre.
Ao Gazeta Digital,
o advogado Icaro Vione, que inicialmente faz a defesa de Nataly, explicou que o pedido do exame foi feito já no final da audiência, especialmente para saber o que se passa na mente dela, levando em consideração a dinâmica como os fatos aconteceram.
“Eu entendi que não tinha motivo para pedir a liberdade dela, mas diante da forma como o crime foi cometido, as circunstâncias, então, solicitei que fosse realizado um exame de sanidade […], mas o juiz manifestou que isso fosse pedido ao longo do processo”, disse.
A prisão em flagrante foi convertida em preventiva pelo juiz Francisco Ney Gaíva após análise dos autos e leva em consideração a ‘necessidade de garantia da ordem pública’.
“O processo seguirá seu trâmite normal, respeitando o devido processo legal e os direitos das partes envolvidas. Demais informações permanecem sob sigilo, em conformidade com a legislação vigente”, informou o Tribunal de Justiça.
O caso
Conforme noticiado pelo Gazeta Digital,
Emelly saiu de casa no final da manhã de quarta-feira (12), no bairro Eldorado, em Várzea Grande e avisou a família que estava indo para Cuiabá buscar doações de roupa na residência de um casal.
Durante a noite, uma mulher apareceu no hospital com um bebê recém-nascido, alegando que era filho dela e que tinha dado à luz em casa. Mas, após exames, a médica do plantão confirmou que a mulher sequer esteve grávida.
A mulher relatou a equipe médica que deu à luz em casa. Os profissionais observaram que a criança estava limpa e sem sangramento. Além disso, exames ginecológicos e de sangue demonstraram que a mulher não tinha parido recentemente. Ela também não tinha leite para amamentar a bebê.
Polícia Militar foi acionada e descobriu que uma jovem de 16 anos estava desaparecida e o registro tinha sido feito no Núcleo de Pessoas Desaparecidas da DHPP. Diligências começaram e, na manhã de quinta-feira (13), os investigadores chegaram até uma casa no Jardim Florianópolis, onde o corpo de Emelly foi encontrado.
Ele estava em uma cova rasa, no quintal. Vítima tinha lesões no corpo, mãos e pés amarrados, sacolas na cabeça e uma lesão no pescoço. Além disso, havia um corte enorme na barriga, em formato de ‘T’. Perícia foi acionada e 4 pessoas foram detidas, entre elas, o casal que chegou no hospital.
No decorrer do dia, a DHPP prendeu em flagrante Nataly Helen Martins Pereira, 25, que atacou Emelly e retirou a filha dela da barriga, depois, enterrou a menina no quintal.
Fonte: Gazeta Digital