16 de março de 2025 05:59

Juiz exige novo laudo sobre a morte de bombeiro em lagoa

Os dois médicos peritos que assinaram o laudo de necropsia do aluno bombeiro Lucas Veloso Peres, 27, serão convocados a depor e apresentar laudo complementar na ação penal sobre o homicídio qualificado ocorrido durante treinamento no dia 27 de fevereiro de 2024. Pedido para laudo complementar partiu de um dos juízes militares durante a audiência de instrução e julgamento dos réus, o capitão BM Daniel Alves de Moura e Silva, o DLouco ou DAlves, e o soldado Kayk Gomes dos Santos, que aconteceu nesta quarta-feira (19), na 11ª Vara da Justiça Militar. Depoimento dos dois médicos que atuam na Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec) será necessário para esclarecer as informações de perito particular trazido pela defesa, que desqualifica a causa da morte por afogamento e aponta para mal súbito por problemas cardíacos, uso de medicação controlada e má-formação na cavidade torácica da vítima.

O juiz titular da Justiça Militar, Moacir Rogério Tortato, assegurou que como a defesa dos réus citou os nomes dos peritos oficiais, questionando os laudos, será necessária a realização de laudo complementar para esclarecer questionamentos da defesa. A partir de hoje, tanto defesa, como acusação, terão prazo de até 10 dias para apresentar os quesitos a serem respondidos pelos peritos neste novo documento que será agregado à ação penal. O depoimento de ambos já está agendado para o dia 22 de maio, às 14h, e somente depois dos peritos serem ouvidos, os réus serão interrogados.

A segunda audiência de instrução e julgamento iniciou às 14h e foi encerrada pouco antes das 20h, depois que nove testemunhas de defesas foram ouvidas. A única testemunha que não integrava o quadro da corporação dos Bombeiros era o médico Fernando Esbérard, médico assistente técnico contratado pela defesa, formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e que foi ouvido por videoconferência.

Das outras oito testemunhas arroladas pela defesa, apenas duas estavam atuando no treinamento na Lagoa Trevisan, onde ocorreu a morte de Lucas Veloso. A 3º Sargento BM Pábola Racki estava no barco para dar apoio aos alunos e com seu celular fez as últimas imagens de Lucas, ainda com vida, ao lado do Capitão Alves. Depois, por ordem do capitão, ela e o restante do grupo se afastaram, deixando Lucas junto como os dois réus, no meio da lagoa.

Fonte: Jornal A Gazeta

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