24 de março de 2025 09:44

Dívidas milionárias do Botafogo com o São Paulo incomodam a diretoria tricolor

Clubes que duelaram nas quartas da Libertadores voltam a se enfrentar neste domingo, no jogo que pode dar o título aos alvinegros

Eliminado pelo Botafogo nas quartas de final da Conmebol Libertadores e adversário do clube carioca na última rodada do Campeonato Brasileiro, em jogo que pode dar ao Fogão o título nacional, o São Paulo está incomodado com a postura do rival em relação às dívidas com o clube tricolor.

A diretoria são-paulina entende que, pelas negociações de Lucas Perri e Tchê Tchê, concretizadas em 2023, os cariocas ainda têm a pagar um valor próximo a R$ 8 milhões.

Há também uma dívida mais antiga do Botafogo, do período anterior à SAF, de mais R$ 7 milhões, referente à venda do atacante Henrique Almeida. Somando todas as negociações, o São Paulo entende ter a receber cerca de R$ 15 milhões.

O incômodo do Tricolor se dá pela sensação de que o clube carioca ocupa hoje um patamar financeiro muito alto no futebol brasileiro, capaz de pagar altas cifras em negociações, mas que ao mesmo tempo tem arrastado a resolução de dívidas com clubes como o São Paulo.

Marçal em confusão entre São Paulo e Botafogo pela Libertadores — Foto: NELSON ALMEIDA / AFP

Marçal em confusão entre São Paulo e Botafogo pela Libertadores — Foto: NELSON ALMEIDA / AFP

Procurado, o Botafogo não quis se posicionar sobre o tema. O ge apurou, porém, que o clube admite ter dívidas com o São Paulo e que busca regularizar o seu fluxo de caixa para quitar as pendências.

Na Justiça

Em abril deste ao, o São Paulo acionou a Justiça para que o Botafogo pagasse o valor de R$ 3,7 milhões do acordo feito pela contratação do volante Tchê Tchê.

Na época, em abril de 2022, a negociação foi fechada por R$ 4,8 milhões por 70% dos direitos do jogador, e o Alvinegro até arcou com os pagamentos iniciais. Depois, houve uma redução nos valores em função do empréstimo do atacante Erison, em fevereiro de 2023.

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No momento da negociação, restavam outros saldos do clube alvinegro que foram descontados.

Na negociação de Perri, o São Paulo manteve 15% dos direitos econômicos, que, no ano passado, foi vendido ao Lyon, da França, clube que também pertence a Textor.

Lucas Perri e Adryelson no Lyon — Foto: Divulgação

Lucas Perri e Adryelson no Lyon — Foto: Divulgação

Por conta disso, o dirigente tem a possibilidade de “controlar” as operações dos dois lados. A intenção foi registrar o negócio de forma realistas em balanços, com valores favoráveis ao Botafogo e ao Lyon e assim não ter que repassar altas cifras a outros clubes envolvidos.

A venda do goleiro para o clube francês foi anunciada por 3,58 milhões de euros (R$ 19,2 milhões no início da temporada), o que dá ao São Paulo de receber pelo menos R$ 2,8 milhões, mas os tricolores questionam os valores.

No domingo, as duas equipes entram em campo no estádio Nilton Santos, às 16h, no Rio de Janeiro, pela última rodada do Campeonato Brasileiro.

Fonte: GE

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