Médico tem registro suspenso após matar duas pessoas em residência com a mãe

O médico Bruno Gemilaki teve seu registro profissional suspenso pelo Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) após se envolver em um duplo assassinato que chocou a cidade de Peixoto de Azevedo. O crime, ocorrido em abril deste ano, foi registrado por câmeras de segurança e teve a participação da mãe dele e do padrasto.

Logo após o incidente, o CRM-MT iniciou uma sindicância para investigar a conduta de Gemilaki. Na última terça-feira (21), o conselho decidiu, por unanimidade, suspender o exercício profissional do médico.

“Os conselheiros aprovaram por unanimidade a interdição cautelar total do exercício profissional do médico, entendendo que seu envolvimento nos crimes em Peixoto de Azevedo resulta em fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ao prestígio e bom conceito da profissão médica. Isso autoriza a aplicação da interdição cautelar, conforme o artigo 30 do Código de Processo Ético-Profissional”, diz a nota do conselho.

A decisão considerou tanto a ação de Bruno, apontado pelo Ministério Público como um dos autores dos crimes, quanto sua omissão ao não prestar socorro às vítimas.

Entenda o caso

Pilson Pereira da Silva e Rui Luiz Bogo estavam em uma residência com várias pessoas, comemorando um aniversário no dia 21 de abril, quando Inês Gemilaki e seu filho Bruno invadiram a casa. Mãe e filho abriram fogo contra as vítimas, ferindo também um padre, embora o alvo principal não tenha sido atingido.

De acordo com as investigações, o motivo dos assassinatos seria uma disputa envolvendo o pagamento de um aluguel, que teria causado um prejuízo de cerca de R$ 60 mil a Inês.

Inês, Bruno e os irmãos Eder Gonçalves e Márcio Ferreira foram localizados e apontados como envolvidos no crime. O Ministério Público de Mato Grosso denunciou a família, exceto Márcio. Eles responderão por homicídio doloso qualificado por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa das vítimas.

Desdobramentos

O caso continua a ser investigado pelas autoridades locais, e a comunidade de Peixoto de Azevedo aguarda justiça para as vítimas. Enquanto isso, a suspensão do registro de Bruno Gemilaki marca um ponto crucial na carreira do médico, que agora enfrenta sérias acusações criminais e éticas.

Repercussão

A decisão do CRM-MT de suspender o registro de Bruno Gemilaki foi recebida com apoio por muitos membros da comunidade médica, que ressaltaram a importância de manter o prestígio e a ética na profissão.

2025 – Copyright © – MT de Fato– Todos os direitos reservados | Desenvolvido pela Tropical Publicidade