A tentativa de conciliação entre o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), e o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), encerrou-se sem acordo. Pinheiro buscava uma indenização de R$ 40 mil por danos morais após Mendes compará-lo a um “ladrão de banco” e sugerir que o gestor entraria no Guinness Book por ser “recordista mundial” em operações policiais.
A sessão de conciliação, realizada na última terça-feira (2), contou com a participação virtual de Mauro e Emanuel, mas não houve interesse mútuo em algum tipo de acordo. A ata assinada pelo conciliador Ronaldo Paranha registrou que ambas as partes manifestaram desinteresse na autocomposição do litígio.
Agora, o governador Mauro Mendes terá cinco dias úteis para apresentar sua defesa, sob pena de os fatos serem considerados verdadeiros conforme a inicial. Após essa etapa, o reclamante (Emanuel Pinheiro) terá o mesmo prazo para impugnação.
As declarações contestadas ocorreram em fevereiro e março deste ano. Em uma delas, o governador Mauro Mendes afirmou que Emanuel entraria para a história como o pior prefeito da capital mato-grossense, descrevendo sua administração como atolada em escândalos e caótica.
Em outro episódio, Mendes comparou Emanuel a um “ladrão de banco”, após o prefeito ser reconduzido ao cargo por meio de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A ação, assinada pelo advogado Francisco Faiad, argumenta que as declarações de Mauro Mendes foram desmedidas, baseadas em falsas acusações e imprecisões técnicas, e refletem desconhecimento dos problemas municipais e das demandas dos cidadãos de Cuiabá.