Mauro diz que pecuarista ‘inovou’ em desmatamento no Pantanal
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Pecuarista driblou sistemas de monitoramento do governo de Mato Grosso, causando destruição em larga escala no bioma; autoridades buscam soluções para evitar novos crimes.
O governador Mauro Mendes (União) admitiu publicamente que o pecuarista Claudecy Oliveira Lemes utilizou “técnicas inovadoras” para desmatar 81 mil hectares do Pantanal mato-grossense, escapando dos modernos sistemas de monitoramento da Secretaria de Meio Ambiente do Estado. O fazendeiro enfrenta acusações de devastação ambiental em larga escala, em um dos maiores crimes já registrados na região.
A polêmica ganhou repercussão nacional, levando o gestor a se pronunciar, assegurando que o governo já havia tomado medidas contra o crime e prometendo melhorar os equipamentos de vigilância para evitar futuras ocorrências similares em Mato Grosso.
“Ele [Claudecy] usou uma tecnologia para a qual não estávamos preparados. Tradicionalmente, 99,9% dos casos eram detectados em até 24 horas, quando realizados com tratores ou métodos de devastação convencionais. Esse tipo de ação leva semanas, até meses para ser identificado, pois envolve desflorestamento químico. Estamos adaptando nossos sistemas para detectar qualquer atividade nessa direção”, afirmou o governador.
O crime ambiental, que resultou na destruição de uma vasta extensão de vegetação no bioma pantaneiro, despertou preocupações quanto à eficácia dos métodos de monitoramento em vigor. A Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) utiliza monitoramento via satélite, porém, os equipamentos ainda apresentam falhas na detecção total dos danos ambientais.
Deputados da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) realizaram uma vistoria técnica no local do desmatamento e defendem que a pasta aprimore os meios de fiscalização para evitar a prática. O episódio reforça a urgência de medidas mais efetivas para proteger os ecossistemas frágeis do Pantanal e evitar que novos desastres ambientais ocorram.