Mulher que levou idoso morto a banco já recebeu R$ 30 mil do governo em benefícios

Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, beneficiária de programas sociais, é detida após levar homem morto a agência bancária.

Na tarde desta terça-feira, Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, foi detida em flagrante após tentar utilizar o cadáver de Paulo Roberto Braga, de 68 anos, para sacar um empréstimo de R$ 17 mil em uma agência bancária em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Surpreendentemente, descobriu-se que Érika, que se apresentou como sobrinha e cuidadora do falecido, já havia recebido um total de R$ 30 mil em benefícios do Governo Federal.

Segundo informações do portal Metrópoles, Érika Nunes foi inscrita no programa Bolsa Família durante oito anos, recebendo um total de R$ 22,1 mil entre 2013 e janeiro de 2021, quando teve seu benefício interrompido por não se enquadrar mais nas regras do programa. Além disso, ela também recebeu outros R$ 7,5 mil em 2020, distribuídos em nove parcelas do Auxílio Emergencial, concedido devido à pandemia de Covid-19.

A mulher, que chegou a receber simultaneamente os dois benefícios, teve repasses que totalizaram R$ 1,2 mil por mês. No entanto, ela não teve direito à nova rodada do Auxílio Emergencial, ocorrida em 2021.

A tentativa de fraude foi registrada em vídeo por uma funcionária do banco, que flagrou Érika tentando fingir que o idoso estava vivo. Mesmo diante da falta de reação de Paulo Roberto, Érika insistia para que ele assinasse os documentos necessários para o empréstimo. Os funcionários, desconfiados, acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constatou o óbito de Paulo Roberto.

O Itaú Unibanco, onde o incidente ocorreu, afirmou em nota que acionou o Samu assim que identificou a situação e está colaborando ativamente com as autoridades para esclarecer o caso.

O delegado Fábio Luiz, da 34ª DP (Bangu), responsável pela investigação, afirmou que ouvirá parentes de Paulo Roberto Braga para esclarecer os fatos e determinar as responsabilidades de Érika Nunes, que poderá responder por estelionato e vilipêndio a cadáver.

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