Um relatório técnico da Polícia Civil revelou vínculos entre o prefeito afastado de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), e a Operação Hypnos, que investigou fraudes na aquisição de medicamentos pela Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP).
Segundo o documento, Emanuel Pinheiro foi mencionado em uma reunião com João Arcanjo Ribeiro e um dos alvos da Operação Hypnos. O afastamento de Emanuel foi solicitado pelo promotor Carlos Zarur e pelo delegado Francisco Kunze.
O relatório detalha nove operações na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, realizadas entre 2018 e 2023, incluindo a Operação Hypnos. Esta investigou fraudes na compra de medicamentos pela ECSP, envolvendo a empresa Remocenter Serviços Médicos, identificada como uma “empresa fantasma”.
Os diretores da ECSP, Celio Rodrigues Da Silva e Eduardo Pereira Vasconcelos, autorizaram pagamentos à Remocenter sem procedimentos licitatórios adequados, apesar da empresa não possuir autorização para vender medicamentos.
Uma conversa entre João Bosco da Silva, ligado à Remocenter, e Marcelo Biaggio Norbiatto, gestor na ECSP, menciona uma reunião com Emanuel Pinheiro e João Arcanjo Ribeiro, sugerindo influência política de João Bosco em favor de sua empresa.
O relatório conclui que João Bosco agia como lobista, utilizando sua amizade com Emanuel Pinheiro para agendar encontros políticos ou de negócios com autoridades municipais.
Essas revelações enfatizam a complexidade das investigações sobre corrupção na saúde pública de Cuiabá e levantam questões sobre a conduta ética e legal dos envolvidos. O desenrolar desses eventos certamente terá impacto significativo no cenário político da região.