Vereadores aprova Comissão Processante para investigar prefeito de Diamantino

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Após seis meses desde a divulgação de um vídeo que mostrava o prefeito de Diamantino, Manoel Loureiro Neto (MDB), supostamente negociando propina em seu gabinete, a Câmara Municipal aprovou a criação de uma Comissão Processante para analisar a possível quebra de decoro e a perda de mandato do gestor.

Durante a sessão noturna de segunda-feira (26), a Comissão foi aprovada com 5 votos favoráveis, em resposta a um pedido feito por uma moradora do município, Maria de Fátima Simonini Molina. Ela argumentou que as denúncias reveladas pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) são graves e não podem passar impunes.

A votação resultou em um empate, com 4 votos a favor e 4 contra. Coube ao presidente da Câmara, vereador Arnildo Neto (Podemos), dar o voto de desempate, decidindo favoravelmente à denúncia. Os vereadores Adriano Soares Correa (PSB), Alfredo Matheus Keller (PSD), Michele Cristina Carrasco Mauriz (União) e Rosenilda Martins da Silva Pinhata (MDB) foram contrários ao pedido.

Os membros designados para compor a Comissão Processante foram Michele Cristina (Relatora), Alfredo Matheus Keller (Presidente) e José Carlos David (Membro), e têm o prazo de 90 dias para concluir os trabalhos.

A Operação Avaritia, conduzida pelo Ministério Público de Mato Grosso, investiga diversas irregularidades, incluindo a construção de uma cerca no cemitério, novas salas de aula e a cobertura de uma quadra poliesportiva. O prefeito foi flagrado em vídeos contando dinheiro, supostamente recebido como propina em seu gabinete, em troca da autorização para o pagamento de serviços prestados por uma construtora ao município. As investigações também revelaram mensagens enviadas pelo prefeito a empresários que prestam serviços à prefeitura, solicitando documentos relacionados a pagamentos de notas fiscais.

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