Câmara de Diamantino vota denúncia contra prefeito filmado recebendo propina
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Manoel Loureiro (MDB) enfrenta nova apreciação após escândalo da Operação Avaratia; Vereadores divididos sobre abertura de investigação
Diamantino, Mato Grosso – Nesta segunda-feira (26), a Câmara Municipal de Diamantino, situada a 208 km ao médio-norte de Cuiabá, realiza uma votação crucial: decidir sobre a denúncia contra o prefeito Manoel Loureiro (MDB), flagrado recebendo dinheiro de propina em um vídeo que veio à tona durante a Operação Avaratia, deflagrada em agosto de 2023. Este é o segundo momento em que o Legislativo analisa o caso, após a rejeição da denúncia no ano anterior.
As imagens divulgadas mostram Manoel Loureiro manipulando notas de R$ 50 e R$ 100, supostamente parte de propina paga por uma construtora em troca de favorecimentos em contratos de obras públicas. O vídeo foi gravado pelo próprio dono da empresa, que detalhou ao Ministério Público do Estado (MPE) que essa não foi a primeira vez que o gestor exigiu tal pagamento.
Durante a operação, foi realizado um mandado de busca e apreensão na residência do prefeito, além da quebra de seu sigilo bancário. Provas adicionais, incluindo conversas pelo WhatsApp entre o prefeito e o empresário, sugerem uma colaboração ilícita, com o gestor indicando a necessidade de agendar uma reunião para receber o “documento”, cujo valor inicialmente não estava definido, mas foi posteriormente fixado em 10% dos pagamentos recebidos.
Segundo informações do site O Divisor, alguns vereadores já se pronunciaram: Ranilei Lima, Diocelio Prucinano (PDT), Edmilson Freitas (PSDB) e José Carlos David (PDT) estão a favor do recebimento da denúncia, enquanto Michele Carrasco (União), Adriano Correa (PSB), Mateus Keller (PSD) e Rose Pinhata (MDB) posicionaram-se contra a abertura da investigação.
Em caso de empate na votação, caberá ao presidente da Câmara, Arnildo Neto (Pode), o desempate. Caso a denúncia seja aceita, uma comissão de investigação será nomeada, tendo 90 dias para analisar o caso e apresentar um parecer ao Plenário. A cassação do prefeito requereria pelo menos seis votos favoráveis.