Edna Sampaio defende Escola de Samba que retratou policias como “demônios”
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Na última quinta-feira (15), a vereadora Edna Sampaio (PT) se pronunciou em relação às críticas direcionadas pelos vereadores e policiais ao desfile da escola de samba “Vai Vai”, de São Paulo, ocorrido no último sábado (10). O desfile gerou controvérsias devido à presença de uma ala composta por pessoas fantasiadas de policiais do Batalhão de Choque, utilizando chifres e asas, em uma representação alusiva a demônios.
Durante a sessão ordinária da Câmara de Cuiabá, representantes da Polícia Militar compareceram para apresentar os resultados da Operação Carnaval, tornando o tema objeto de debate. A chamada “bancada da bala”, representada por parlamentares da Frente Parlamentar de Segurança Pública da Câmara Federal, também criticou a agremiação.
A vereadora Edna Sampaio, ao abordar o assunto, reconheceu o trabalho da PM, mas destacou casos em que a polícia utiliza a instituição e a farda para ações não aprovadas pela corporação como um todo. Ela afirmou que o Carnaval é um espaço político e defendeu a crítica apresentada pela escola “Vai Vai”, alegando que deve ser aceita pela corporação, pois se insere no espaço democrático.
“Acho que é necessário, sim, fazer a crítica, e o Carnaval é um espaço político. A ‘Vai Vai’ apresentou a crítica, que deve ser aceita pela corporação, pela instituição, que se insere no espaço democrático. Nenhum de nós está livre da crítica, ela é necessária se a gente defende o estado democrático de direito”, afirmou a vereadora.
Edna Sampaio também mencionou que cobrará atenção especial do executivo às escolas de samba cuiabanas e discutirá ações voltadas a esse segmento durante a audiência pública marcada para a próxima terça-feira (20) para debater o Plano Municipal de Cultura.
Quanto à questão da violência policial, a vereadora ressaltou a importância de aceitar críticas e ouvir aqueles que muitas vezes têm seus direitos desrespeitados. Ela argumentou sobre a existência de vítimas de diversos tipos de violência do Estado no Brasil e enfatizou a necessidade de fortalecer as instituições democráticas.