A Procuradoria da Câmara Municipal de Cuiabá negou o pleito da vereadora Edna Sampaio (PT) para receber seus vencimentos como parlamentar, alegando a falta dos documentos necessários para fundamentar a solicitação. A informação foi confirmada pelo procurador-geral da Casa, Marcus Brito.
Na semana passada, a representante petista apresentou um requerimento à Secretaria de Gestão de Pessoal do Parlamento Municipal, buscando o pagamento de sua remuneração. Edna Sampaio justificou a demanda, citando a utilização de férias acumuladas e licenças-prêmio em seus cargos efetivos, somando uma remuneração mensal de R$ 43,5 mil. Cabe ressaltar que, além de vereadora, Edna exerce funções como gestora governamental na Secretaria Estadual de Planejamento e é professora na Universidade de Mato Grosso (Unemat).
Ao iniciar seu mandato, a vereadora optou por receber os salários provenientes da Secretaria Estadual de Planejamento e da Unemat, por serem superiores à remuneração oferecida pelo legislativo municipal. Contudo, após retomar suas atividades no Legislativo, tendo sido cassada pelos demais vereadores por alegações de apropriação indevida da verba indenizatória de sua ex-chefe de gabinete, Edna Sampaio alterou sua decisão quanto ao recebimento do salário como vereadora.
Se a Câmara Municipal decidir concordar com o pagamento do salário de R$ 18,9 mil à vereadora, ela acumulará três salários, resultando em uma renda mensal de expressivos R$ 90,7 mil. O impasse evidencia as complexidades inerentes às finanças públicas e levanta questionamentos sobre a ética e legalidade do acúmulo de salários, fomentando debates acerca da conduta dos representantes políticos.
por Paulo Ricardo com informações Leia Agora