17 de março de 2025 13:39

Deputada Janaina Riva não vê tensões entre presidente da AL e Governador e descarta CPI na Saúde

A deputada estadual Janaina Riva (MDB) declarou que não percebe um “clima tenso” entre o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, e o governador Mauro Mendes. Ela também argumentou que não vê razões para a Assembleia Legislativa instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo.

Riva afirmou: “Eu nunca vi um mau relacionamento onde as pessoas se encontram duas ou três vezes na semana, como Mauro e Botelho fazem. Não vejo um clima tenso, que é mais criado pela questão eleitoral do que, de fato, ele existe.”

Ela observou que, devido ao período eleitoral, é natural que ocorram discussões políticas, mas enfatizou que não há impactos significativos na Assembleia Legislativa. “Vejo uma assembleia madura, diferente do passado”, destacou.

As divergências entre Mauro e Botelho estão relacionadas à eleição municipal de 2024 e às articulações partidárias. Botelho já se colocou como pré-candidato à prefeitura de Cuiabá, enquanto Mendes, presidente do União Brasil em Mato Grosso, manifestou apoio ao atual chefe da Casa Civil, o deputado federal licenciado Fábio Garcia. Devido à falta de apoio dentro do União Brasil, Botelho sinaliza sua saída para se filiar ao PSD.

Quanto à possibilidade de uma CPI para investigar a gestão de Gilberto Figueiredo na Secretaria de Estado de Saúde, Janaina Riva acredita que, por enquanto, não é necessária. A pasta foi alvo da Operação Espelhos da Polícia Civil, que já indiciou 22 servidores por irregularidades em contratos de serviços médicos.

Embora um requerimento para a CPI tenha sido apresentado na Assembleia, apenas seis deputados assinaram, sendo necessário o apoio de oito para abrir a comissão. Janaina Riva explicou: “É muito difícil conseguir novas assinaturas. Nada nos leva a acreditar no envolvimento do secretário Gilberto, que era o único argumento para buscar uma CPI.”

A deputada argumenta que, dado que a operação atingiu principalmente servidores que não estão diretamente ligados hierarquicamente ao secretário, a polícia é o principal meio de investigação. “Nenhum relatório do Tribunal de Contas (TCE) é favorável ao que foi feito durante a pandemia. Nada do que foi feito está de acordo com o que deveria. No entanto, durante esse período, eu cobrava do secretário celeridade. Minha posição é pessoal. Não vejo motivo para uma CPI na AL para tratar da Saúde em MT, quando ainda temos um problema em Cuiabá que não foi resolvido”, concluiu.

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