Um turbilhão de polêmicas e tensões políticas abala a cena pública em Cuiabá nas últimas semanas, com o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) movendo uma ação legal contra a vereadora Maysa Leão (Republicanos) por supostos crimes de calúnia, difamação e injúria. Além disso, Cattani solicitou uma investigação de quebra de decoro parlamentar por parte da vereadora junto à Presidência da Câmara de Cuiabá.
Os eventos que levaram a esta disputa começaram em um podcast no dia 10 de agosto, onde Cattani e Maysa participaram de uma entrevista. Dias depois, o deputado compartilhou nas redes sociais um trecho da conversa em que defendia a castração como punição para homens que cometem estupro. As declarações provocaram uma onda de discussões e indignação na sociedade.
A reação de Maysa Leão foi contundente, afirmando que tal medida nos levaria de volta aos tempos medievais, onde a justiça seria feita “olho por olho, dente por dente”. A vereadora também alegou que o vídeo foi editado e que suas palavras foram deturpadas. Ela tentou, sem sucesso, entrar em contato com Cattani para que ele retirasse o vídeo das redes sociais.
A situação tomou um rumo ainda mais sombrio quando Maysa Leão declarou, na tribuna da Câmara, que ela e sua filha estavam recebendo ameaças de estupro nos comentários da publicação de Cattani. Isso gerou grande comoção e preocupação na cidade.
Na ação movida por Gilberto Cattani, ele alega que o vídeo não foi editado e que a vereadora teve meios para contatá-lo de forma direta, mas optou por tentar resolver o assunto apenas pelas redes sociais. Ele ressalta a gravidade das acusações feitas por Maysa Leão, incluindo a alegação de que ele teria permitido que terceiros desejem praticar crimes contra ela e sua filha.
Além de buscar reparação financeira no valor de R$ 50 mil, Cattani encaminhou um ofício à Presidência da Câmara de Cuiabá, pedindo a investigação do caso como quebra de decoro parlamentar. Ele argumenta que as ações de Maysa Leão não são compatíveis com o decoro esperado de um parlamentar e que a Comissão de Ética e Disciplina da Câmara deve analisar se há justificação para a perda do mandato, conforme a legislação vigente.