Advogada Vítima de Feminicídio em Cuiabá: Honrada Lutadora Pela Justiça

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A cidade de Cuiabá foi abalada por uma tragédia que chama a atenção para a persistente violência contra a mulher. Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, uma advogada de 48 anos, reconhecida por sua integridade e dedicação à justiça, foi encontrada morta dentro de seu próprio carro no Parque das Águas. A cruel realidade do feminicídio chocou amigos, familiares e toda a sociedade.

Cristiane era lembrada por suas qualidades marcantes: uma mulher honesta, sorridente, estudiosa e digna. Amiga de longa data, Glaucia Amaral, presidente da Comissão da Mulher da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT), destaca sua luta pela defesa dos direitos das crianças vítimas de violência na justiça, uma missão que ela abraçou por mais de oito anos.

A advogada também estava envolvida na formação jurídica, ministrando cursos para novos empreendedores que buscavam abrir seus primeiros negócios. A morte trágica de seu marido para a Covid-19 no ano anterior não a abateu, e ela seguia seu caminho com positividade e dedicação às suas duas filhas, de 20 e 14 anos.

No entanto, o terrível acontecimento que tirou sua vida revela uma realidade sombria. Cristiane foi encontrada morta, espancada e asfixiada, dentro de seu carro, após passar a noite com o suspeito Almir Monteiro dos Reis, um ex-policial militar de 49 anos que ela havia conhecido no próprio dia do crime. O irmão de Cristiane localizou o veículo através do rastreio do celular da vítima.

A sociedade mato-grossense se depara novamente com o horror do feminicídio, um problema grave e crescente. Glaucia Amaral ressalta que é necessário refletir sobre as raízes desse tipo de violência, entender por que os agressores acreditam que podem cometer esses atos impunemente. O caso de Cristiane, assim como o de outras vítimas, exige uma mudança real na sociedade, uma tomada de consciência coletiva para combater essa violência abominável.

A presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, reforça a necessidade de unir instituições e sociedade na luta contra a violência contra a mulher. Apesar dos esforços, o Brasil ainda é um dos países que mais registra feminicídios, uma estatística alarmante que exige uma ação conjunta para encontrar soluções eficazes.

A morte de Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni não deve ser em vão. Ela representa mais uma vítima de um sistema que perpetua o ódio e a violência contra as mulheres. A sociedade, os poderes públicos e as instituições devem unir forças para promover mudanças duradouras e eficazes que possam erradicar essa terrível realidade, garantindo que nenhuma outra mulher tenha que enfrentar o mesmo destino trágico.

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