Jovem que matou a própria mãe é condenado a 16 anos de prisão; Ministério Público recorrerá da decisão
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Victor Hugo da Silva, de 19 anos, foi condenado a 16 anos de prisão pelo assassinato de sua mãe, Fabiana Amaro da Silva, ocorrido em agosto do ano passado, em Várzea Grande. O jovem foi sentenciado por homicídio praticado com a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima, por motivo fútil, pelo emprego de meio cruel e em decorrência do fato de a vítima ser mulher, configurando feminicídio.
Durante o julgamento, os jurados reconheceram todas as qualificadoras apresentadas na denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso. No entanto, a dosagem da pena ficou aquém das expectativas do promotor de Justiça, César Danilo Ribeiro Novais, que atuou no plenário do Tribunal do Júri. Segundo o promotor, dada a natureza gravíssima do crime, a pena aplicada foi inferior ao que se pretendia.
Diante disso, o Ministério Público anunciou que recorrerá da sentença, buscando uma revisão da pena imposta a Victor Hugo da Silva. A decisão de recorrer demonstra a insatisfação do órgão com a sentença proferida pelo Tribunal do Júri.
O caso chocou a comunidade local quando ocorreu, despertando debates sobre violência doméstica e feminicídio. Agora, com a condenação de Victor Hugo, a discussão se volta para a adequação da pena ao crime cometido, uma vez que o Ministério Público acredita que a sentença não reflete adequadamente a gravidade do caso.
O recurso apresentado pelo Ministério Público visa garantir que a justiça seja feita e que a punição seja proporcional à brutalidade do crime. A expectativa é que a apelação permita uma revisão da pena, buscando uma condenação mais rigorosa para Victor Hugo da Silva.
Em agosto do ano passado, Victor Hugo da Silva foi condenado a 16 anos de prisão pelo brutal assassinato de sua mãe, Fabiana Amaro da Silva, em Várzea Grande. Segundo consta na denúncia, o crime ocorreu após uma discussão entre mãe e filho, cuja relação era conflituosa devido ao comportamento problemático do réu.
Após ingerir bebidas alcoólicas durante o dia, Victor Hugo entrou em uma discussão com sua mãe dentro de casa e, em um ato de extrema violência, desferiu golpes de faca no pescoço da vítima. Em seguida, o réu simulou uma invasão domiciliar, pedindo ajuda aos vizinhos, mas a perícia no local não encontrou indícios de tal invasão, nem sinais de luta ou defesa por parte da vítima.
Fabiana Amaro da Silva era uma enfermeira dedicada, tendo trabalhado em diversos hospitais da região. Sua trajetória profissional inclui passagens pelo Hospital Regional de Alta Floresta, Hospital Metropolitano e Centro de Testagem de Covid-19 em Cuiabá. Seu último emprego foi no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), onde atuava como enfermeira durante o período diurno e estudava Odontologia no quinto semestre.
Apesar do veredito de 16 anos de prisão, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso considerou a pena inferior ao esperado e anunciou que recorrerá da decisão. O objetivo é buscar uma revisão da sentença, a fim de assegurar que a punição seja proporcional à gravidade do crime cometido por Victor Hugo da Silva.