Curso de Psicologia do Univag promove a 6ª Luta Antimanicomial

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No próximo dia 12 de junho, os alunos e professores do curso de Psicologia do Centro Universitário de Várzea Grande – UNIVAG – promovem um evento que reúne alunos, profissionais e toda a comunidade para debater sobre a problemática dos manicômios e tratamentos de Saúde Mental.

A Luta Antimanicomial é pautada na garantia de direitos de pessoas em sofrimento psíquico, indivíduos que durante séculos são aprisionados, torturados e passam por todo tipo de violação dos direitos humanos dentro de instituições hospitalocênticas. Esse movimento vai contra os manicômios e contra práticas que segregam e colocam a loucura e o sofrimento psíquico no campo da periculosidade, resultando em diferentes tipos de violações direitos.

Lutar por uma “sociedade sem manicômios” é ir contra as práticas asilares que por muito tempo foram vistas como possibilidade de tratamento e reconhecer a importância do cuidado em liberdade, sem que haja a exclusão do convívio familiar e social.

Para os profissionais, a Luta é uma ótima oportunidade de buscar informações e participar do debate contra a institucionalização do sofrimento psíquico, além de poder contribuir na formação dos alunos.

Para os alunos, o evento conta como carga horária, gerando certificado de participação no evento de 10 horas. É necessário que se realize a inscrição para participar do evento no link:

https://www.even3.com.br/6-luta-antimanicomial-do-univag-saude-mental-rumo-e-desafios-344949/

Para a comunidade, usuários e familiares, este é um momento oportuno para debater sobre os preconceitos que ainda existem sobre o tratamento em saúde mental.

A sexta 6º edição da Luta Antimanicomial acontecerá no Auditório V – Bloco D.

Dia Nacional da Luta Antimanicomial – 18 de Maio

O Movimento da Luta Antimanicomial se caracteriza pela luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental. Dentro desta luta está o combate à idéia de que se deve isolar a pessoa com sofrimento mental em nome de pretensos tratamentos, idéia baseada apenas nos preconceitos que cercam a doença mental. O Movimento da Luta antimanicomial faz lembrar o direito fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direto a receber cuidado e tratamento sem que para isto tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos.

No Brasil, o Movimento da Reforma Psiquiátrica se iniciou no final da década de 70, em pleno processo de redemocratização do país, e em 1987 teve dois marcos importantes para a escolha do dia que simboliza essa luta, com o Encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental, em Bauru/SP, e a I Conferência Nacional de Saúde Mental, em Brasília.

Diferentes categorias profissionais, associações de usuários e familiares, instituições acadêmicas, representações políticas e outros segmentos da sociedade questionam o modelo clássico de assistência centrado em internações em hospitais psiquiátricos, denunciam as graves violações aos direitos das pessoas com transtornos mentais e propõe a reorganização do modelo de atenção em saúde mental no Brasil a partir de serviços abertos, comunitários e territorializados, buscando a garantia da cidadania de usuários e familiares, historicamente discriminados e excluídos da sociedade.

Assim como o processo do Movimento da Reforma Sanitária, que resultou na garantia constitucional da saúde como direito de todos e dever do estado através da criação do Sistema Único de Saúde, o Movimento da Reforma Psiquiátrica resultou na aprovação da Lei 10.216/2001, nomeada “Lei Paulo Delgado”, que trata da proteção dos direitos das pessoas com transtornos mentais e redireciona o modelo de assistência. Este marco legal estabelece a responsabilidade do Estado no desenvolvimento da política de saúde mental no Brasil, através do fechamento de hospitais psiquiátricos, abertura de novos serviços comunitários e participação social no acompanhamento de sua implementação.

A Luta Antimanicomial é um movimento não institucionalizado que busca a garantia dos direitos do cuidado interdisciplinar e intersetoria em Saúde Mental e atenção psicossocial.

por Paulo Ricardo, com informações do Ministério da Saúde

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