Nesta última quarta-feira(17), o deputado estadual Valdir Barraco, igualmente, presidente do Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso saiu em defesa da vereadora Edna Sampaio, da mesma sigla, contra suposta ‘rachadinha’ ocorrida em seu gabinete, na Câmara de Cuiabá. Ao afirmar que a denúncia feita, recentemente, por um site na capital e que acabou resultando em investigação na Comisssão de Ética da Casa de Leis contra a parlamentar, seria uma ‘imensa confusão que não mereceria prosperar’.
Ao ainda desconversar sobre amizade entre ele[Barranco] e o prefeito da capital, Emanuel Pinheiro(MDB), após requerimento do vereador Luis Claudio (PP) para instaurar o processo disciplinar que pode cassar o mandato da vereadora, que além de aliado do prefeito de Cuiabá foi ainda, por longo tempo, seu secretário de Governo. E que o pedido de investigação contra Edna Sampaio seria mais uma missão pedida pelo prefeito à sua base de apoio na Casa de Leis.
“Essa Comissão para investigar a vereadora é uma confusão que não merece prosperar. Eu nunca tive qualquer relação de amizade com o Emanuel Pinheiro. Nós nos aproximamos por conta das eleições de 2022, onde o PV faz parte da Federação e o presidente Lula escolheu a Marcia[primeira-dama de Cuiabá Márcia Pinheiro] como a nossa candidata ao governo”, disse.
Ao lembrar que o PT municipal, inclusive, sempre foi oposição a gestão de Pinheiro e que isto pode ter contribuído para a instauração do processo disciplinar contra a vereadora petista.
“Não temos qualquer relação ou proximidade com Emanuel. E o PT municipal de Cuiabá sempre deixou claro que seria oposição ao prefeito. E tem feito isso. E a vereadora Edna tem trabalhado nisso com êxito, competência e responsabilidade, o que pode ter sido um fator para o pedido e o requerimento aceito”, completou.
Para você entender, a denúncia de suposta ‘rachadinha’ no gabinete da vereadora petista foi feita por um site na capital. Na matéria foram apresentados comprovantes bancários, além de áudios e conversas de WhatsApp, onde mostravam que o montante[cerca de 5 mil mensal] teria sido repassado gradualmente à parlamentar pela sua então chefe de gabinete, Laura Natasha Abreu, que foi exonerada.
Dias mais tarde, Laura Abreu publicou em seu Instagram um vídeo confirmando que nunca houve “rachadinha” no gabinete da vereadora. Ao ainda revelar no vídeo que não teve nenhum envolvimento com a divulgação dos prints para a mídia, e que o material teria sido vazado por uma pessoa de sua confiança.
‘Rachadinha’ ou desvio de salário de assessor é a prática de corrupção caracterizada pelo repasse de parte dos salários de assessores para o parlamentar ou secretário a partir de um acordo pré-estabelecido ou como exigência para a função.
O que para alguns juristas não se configura no caso da parlamentar petista, uma vez que a utiização da Verba Indenizatória era utilizada para pagar viagens, fiscalizações e o mandato coletivo, ou seja, nunca foi utilizado para o uso pessoal da petista.