Emanuel Pinheiro vê “formação de quadrilha” em contrato para UTI do HMC e detona “Gabinete da Invenção”
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Empresa contratada pela Intervenção estaria em nome de “laranja” de ex-secretário de Mauro Mendes.
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), qualificou como “quadrilha” a organização formada para gerir a UTI pediátrica do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). De acordo com a denúncia, a dona da empresa contratada para fornecer médicos à UTI pediátrica recebia auxílio emergencial há cerca de 2 anos e agora faturou um contrato de cerca de R$ 500 mil.
Além disso, a empresa “funciona” na sede e possui o mesmo telefone da empresa do ex-secretário adjunto de Saúde na gestão de Mauro Mendes na prefeitura, Daoud Abdallah. Emanuel relatou que o próprio Daoud tem sido apresentado entre os médicos como “dono” da empresa. “Isso aqui é formação de quadrilha, vocês não tenham dúvidas”, afirmou Emanuel Pinheiro.
O deputado Valdir Barranco levou a denúncia ao prefeito porque apenas o município e o Ministério Público, além do Gabinete de Intervenção, podem protocolar petições e denúncias no processo que tramita no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Porém, ele estará levando a denúncia aos órgãos de controle.
“Vou às 16 horas estar no Tribunal de Contas do Estado (TCE) com o conselheiro Guilherme Maluf, que é da Comissão de Saúde da Casa de Fiscalização e está nesse acompanhamento da intervenção”, garantiu o deputado Valdir Barranco (PT), que também é autor da denúncia.
Em coletiva realizada na tarde de hoje, Emanuel detonou os balanços e relatórios divulgados pelo Gabinete de Intervenção. Segundo o gestor, a ação do Estado na Prefeitura deveria ser chamada de “gabinete da invenção”.
“É um gabinete de invenção, não se pode levar a sério. Porque são invencionices para justificar o injustificável. conseguiram induzir o Judiciário ao erro. Mas vamos resistir e mostrar a verdade dos fatos”, argumentou o prefeito.
Segundo a denúncia que será protocolada ainda nesta terça-feira junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) a empresa APP Serviços Médicos Ltda não possui condição para assumir a UTI pediátrica, tendo em vista que possui capital de R$ 20 mil e o serviço tem média mensal de R$ 500 mil.
“Essa intervenção é um dos maiores absurdos que vi nos meus 34 anos de vida pública. Mostraram desconhecimento de causa terrível ou má-fé extraordinária. Para mim são os dois”, enfatizou ainda Pinheiro.