“Operação Argos” cumpre mandados de sequestro, homicídio e ocultação de cadáver
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A Polícia Civil, por meio da Delegacia Regional e 1ª Delegacia de Barra do Garças (509 km a leste de Cuiabá), deflagrou na manhã desta quinta-feira (02), a Operação Argos para cumprimento de 10 ordens judiciais contra integrantes de uma organização criminosa envolvida em crimes de sequestro e possível homicídio e ocultação de cadáver.
Os mandados, sendo cinco de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão domiciliar, foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Barra do Garças com base em investigações da Polícia Civil que apuraram o desaparecimento do jovem, Diego Borges de Oliveira, ocorrido na madrugada de 25 de dezembro no município.
As investigações coordenadas pelo delegado Pablo Borges Rigo apontaram que o crime foi cometido a mando de uma facção criminosa, sendo cinco integrantes do grupo, identificados como autores do sequestro e suposto homicídio da vítima, uma vez que o corpo do jovem ainda não foi localizado.
Os suspeitos identificados nas investigações respondem pelos crimes de sequestro, homicídio e ocultação de cadáver. Na operação são empregadas 10 viaturas e participam de 37 policiais civis, entre escrivães, investigadores e delegados, sob coordenação do delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia, Adriano Marcos e Alencar e apoio operacional do delegado Regional, Willyney Santana.
Sequestro
Diego Borges de Oliveira, de 28 anos, foi sequestrado por integrantes de uma organização criminosa, na madrugada de 25 de dezembro, para um procedimento intitulado como “averiguação”, após ter sido fotografado fazendo com as mãos um símbolo numérico atribuído a uma facção criminosa rival.
No dia seguinte ao desaparecimento, o pai da vítima registrou boletim de ocorrência noticiando o desaparecimento do filho, sendo relatado que a vítima nunca ficava sem dar notícias. Familiares também relataram que foram informados, por meio de ligação anônima, que o jovem teria sido morto e seu corpo ocultado por integrantes da facção criminosa.
A vítima trabalhava formalmente em uma fazenda (carteira assinada) e deveria ter voltado ao trabalho dia 27 de dezembro, porém não retornou ao trabalho e não deu mais notícias aos familiares.
“No decorrer das investigações, foi possível levantar elementos de informação que demonstram a prática do crime de sequestro, sendo identificado todos os envolvidos. Tudo aponta que também houve a prática de crime de homicídio e ocultação de cadáver”, disse Pablo Rigo.
Nome da operação
Argos na mitologia grega, era um gigante cujo corpo era coberto por olhos. Enquanto dormia, metade dos olhos se fechava e descansava enquanto a outra metade vigiava.