A 7ª Vara Criminal manteve o bloqueio de uma lancha armada 300, da personal trainer Mayara Bruno Soares, presa na Operação Mandatário, em janeiro de 2022, por integrar o Comando Vermelho e fazer parte do grupo que “lavava” dinheiro através de empresas de fachada.
A lancha em questão é alvo de disputa judicial, já que um homem alega ser o real dono do bem, já que Mayara comprou e não pagou pelo produto. L.A.B.Z. entrou com uma ação pedindo o desbloqueio do item e sua devolução, alegando que a personal trainer não pagou o valor combinado, por isso a lancha ainda é sua, já que nem o documento foi transferido para o nome dela.
Apesar do pedido de L., o juiz Jean Bezerra manteve o bloqueio do bem, tendo em vista que além dele estar sob posse da ré, ficou comprovado que ela pagou a entrada pelo barco e que se ela realmente não tivesse pago as demais parcelas, que o reclamante deveria ter denunciado Mayara “e consequentemente procedido à rescisão, resolvendo, desse modo, as obrigações e mantendo consigo de forma indubitável tanto a posse quanto a propriedade da embarcação”.
“Se houve assinatura do contrato, pagamento da entrada negociada e entrega do bem no ato do pagamento da entrada a venda foi concretizada. Logo, se posteriormente houve a suspensão do pagamento das parcelas, deve o vendedor se valer das cláusulas relativas ao descumprimento contratual e, sendo o caso, buscar a solução pertinente no juízo cível”, diz ainda trecho da decisão.
Mayara e o esposo Benedito Max Garcia foram alvos da Operação Mandatário, que teve como alvo o núcleo financeiro do Comando Vermelho. As duas empresas em que ela era sócia movimentaram mais de R$ 10 milhões, mesmo sem sede física e funcionários.
por J1Agora